segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Resurrectione (51)

Durante anos falei de metamorfoses, fases...Mais recentemente tive um encontro de nível terceiro com uma banda chamada Nirvana. Depois vieram os A Perfect Circle. Mudei. Mudei muito, para melhor. Senti isso. Fiz isso. Depois, uns tempos depois, uma espiral alternativa de luz entrou na minha vida: Tool. Entrei deveras num estado diferente. Entre outras coisas vi sem querer, numa noite de tédio em que estava na televisão (eu que não dispenso diariamente minutos nela), um filme chamado Fight Club. E li...li vários livros. Tudo em mim se transformou. Chorei no Céu, agradecido, dando o devido valor a tudo o que tinha de bom e que poderia ainda vir a ter. As pessoas que me rodeiam dizem que tenho medo de ser feliz, e que gosto de fazer todos felizes sem nunca pensar em mim...Não é totalmente verdade. Fazer-vos felizes significa muito para mim. Caí ao inferno. Vagueei algum tempo nesses lugares onde o ar pesa, e o ar é quente. Agora?
Agora estou disposto a fazer o que fiz noutras eras. Resurrectione. Já começou. Tudo se tornou nítido. A pena, essa pena que todos gostam de sentir por outros, é um sentimento decadente, triste. Não sou nenhum doente, nem preciso de pena. Guardem-na. Da mesma forma que guardam a verdade.
Não quero cometer o mesmo erro que cometi com a Apologia do meu eu. Terminar tudo, assim do nada, ir escrevendo tristezas quase sublimes, mensagens ao deus de ará. Não quero, nem vou, porque o poder está dentro de nós. Sempre esteve, com ou sem centelha divina. Por isso, por agora retiro-me. Voltarei sempre que a necessidade de escrever algo diferente, que encaixe perfeitamente nestes números que vão caminhando para zero, apareça. Sempre gostei de sublinhar que sou trevas. Esqueço-me também é de dizer que não sou só trevas. Também sou luz. Sou o mundo, sou a contradição, sou o pior ser humano, sou o melhor monstro. Sou eu, diferente todos, igual a todos, único em coisas como todos os somos.
Resurrectione.
Deixo-vos a minha última filosofia de vida; que parecerá idiota talvez, mais uma frase igual às outras especiais, que viajam no tempo, nas culturas, aparentemente repetidas, vazia...Até podem ter razão; mas tem funcionado comigo:

Nem tudo pode correr bem.

Estarei sempre aqui, a continuar a escrever, porque é isso que sou, é isso que faço. Aqui quando chegarem as horas certas; nas narrativas de um monstro (http://versologista.blogspot.com/) e agora mais recentemente, com toda a força do mundo, com todo o orgulho do mundo, e com a melhor pessoa que poderia encontrar: Memórias De Um Monstro (http://memoriasdeumonstro.blogspot.com/).
Neste mundo só existe uma escolha pela qual vale a pena viver, e a qual faz toda a diferença: "I choose to live..." (Gravity - APC)