sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quando a teimosia sem senso e a incompetência e a injustiça começam a magoar (40)

Diz uma frase que ouço desde pequeno: À primeira calha qualquer um, à segunda calha quem quer, à terceira quem calha é burro.


Sempre tentei ser uma pessoa aberta: tentei sempre ouvir todas as opiniões, aceita-las ou discuti-las; e dar razão a outrem se fosse necessário (porque afinal de contas: podemos nós ter sempre razão? Não. - Alguns até podem raramente a ter). Porém, a falta de senso comum deste país começa surtir em mim uma revolta enorme...e revolta-me duas coisas essências: estar a sofrer por "vossa" culpa; e ver-vos sofrer por vossa própria culpa. Quando comecei a pensar a sério em assuntos de política, algo que aconteceu à poucos anos, ouvi todos os partidos com calma. Porém a maioria das pessoas, não sei se por falta de senso comum ou se por cegueira, esquece-se de fazer outra coisa ainda (e na minha opinião tão ou mais importante que ouvir): avaliar os actos. Já era tempo de analisarem os actos, pois esses contam muito mais, do que palavras belas e ditas que se evaporam no vazio e na ausência da acção. E foi assim que descobri que era uma pessoa bem mais à direita...Mas ainda assim, apesar de tudo o que vou dizer mais à frente, ainda consegui manter uma certa "fé" nesse partido socialista (porque são eles que têm conduzido o país onde nasci e vivo)...(Mesmo sendo de longe o meu favorito, nunca quis colocar palas nos olhos, por isso ainda os ia ouvindo - até porque ter-se competição saúdavel é bom para todos). Mas agora já não. Mas sempre respeitei, concordando ou não concordando - porque todos os partidos acabam por ter uma ou outra ideia boa - todos os partidos, seja mais à direita ou mais à esquerda. Mas já não consigo respeitar, por tudo o que se passou e se passa, todas as pessoas ligadas directamente (PS) e indirectamente (quem neles vota) ao PS. É preciso reavaliar tudo de novo. Porque chegou ao poder do país um cidadão que mudou a nossa História para pior. Um dito engenheiro, nascido em controvérsia, apelidado já por muitos (e reconhecido por mim) de mentiroso compulsivo e\ou ainda bipolar. Vamos voltar um pouco atrás na História...desde que Cavaco Silva esteve no poder, como primeiro ministro que as contas estão em queda. Sim eu sei, o próprio actual Presidente da República acabou por - na opinião da maioria dos portugueses - ter levado isto demasiado a sério - no que se refere a partilhar riqueza e/ou "desapertar" o cinto - mesmo sendo eficaz e construtivo para o Portugal cá de dentro e para o Portugal lá de fora (imagem que hoje em dia está desacreditada, humilhada e já quase esquecida). A realidade é que o país crescia, ganhava e criava riqueza. Não digo que tudo era uma utopia; até porque os portugueses, individualmente não estavam satisfeitos, mas as coisas, iam no bom caminho...E desde então nunca mais qualquer partido, fosse da direita ou da esquerda voltou a governar - seriemente por mais de 4 anos, tirando o PS. E foi então que começou o desastre, que nos acompanha à anos. E o primeiro ponto que me irrita é que este PS é o denominador comum em toda a crise ( entenda-se a palavra crise com o verdadeiro peso : não é algo recente, mas algo que dura à anos neste país, mas que com mais ou menos magia foi sendo escondida) - mas parece que ninguém o aceita; ou então a fé que nele depositam é muita - mas já não chega? Sim, já deveria chegar.


Eu pedia que parassem um pouco e pensassem comigo, mas sem cegueira. O FMI já é a segunda vez que entra em Portugal (e quase teve para entrar numa terceira - António Guterres), e nestas duas vezes foi com o PS...coincidência? Claro que não. Mas a questão agora, mais do que estar contra um partido ineficaz e sem grande inteligência, é estar-se atento a um só homem, que sozinho já conseguiu feitos magnifícos (note-se a ironia). O senhor Sócrates gostou de dizer uma piada que rapidamente foi bem intercetada e aproveiitada pelo BE, se não estou em erro, disse o senhor primeiro ministro: Ainda há-de vir um primeiro ministro que faça melhor défice que eu...dito isto, se observarmos a História, todos os que vieram antes dele - mesmo dentro do mesmo partido, fizeram melhor que ele. Em segundo lugar, nunca na História um governante do país esteve envolvido em tantos escândalos e problemas escondidos(acabando por ser descobertos)...Desde a sua "licenciatura", aos casos de corrupção ou seja do que for envolvido...Aos favores aos "amigos e colegas", e da própria familía...Como podem vocês aceitar isto? Podem-me dizer: mas todos os políticos mentem, todos fazem as coisas mal e escondidas...Posso discordar, mas mesmo concordando: aos outros, sejam quem for, damos os beneficios da dúvida - porque nada dessas coisas vêm ao de cima, mas neste caso? Depois de tantas provas? Cidadãos: esta pessoa tem a responsabilidade de Portugal.


A primeira vez, quem votou no senhor Sócrates, eu comprendo. E eu próprio fiz o mesmo...na altura era um político novo, que falava muito bem, com umas ideias positivas - e os outros candidatos não estavam de facto à altura. O problema é que tudo foi ainda mais abaixo e o país piorou (mas ainda). (Mas devem ter em conta, e isto é algo que tenho ouvido falar nos media - felizmente - que o partido socialista está no poder à muitos, muitos anos, num trabalho continuado...e as coisas só pioram, nunca melhoram...coincidência? Não.) O povo encantado ainda com a crise do nosso país volta a votar neste mesmo senhor; alguns acordaram e felizmente a maioria absoluta foi negada...mas os portugueses, não sei como, e mais seriemente digo: nem sei porquê, ainda gostam dele, e ainda se deixam enganar pelas suas frases. Deve-se dizer isto: o primeiro ministro é um excelente político - fala lindamente e convicto - é capaz de nos fazer sentir seguros mesmo depois de ter praticamente destruído o nosso país , e consegue ainda descartar-se de qualquer culpa (sua) para a colocar noutro qualquer - e tudo isto de forma convicta, quase como se fosse a verdade.


À primeira calha qualquer um... À segunda? Calha quem quer... À terceira?


Será possível, um homem que se demitiu (devido à não passagem do PEC4 - que apareceu das sombras depois do que foram três PECs supostamente tão bem elaborados que não seriam precisos mais...e este senhor Sócrates ainda conseguiu - mais uma vez dizer coisas loucas - colocar as culpas na oposição...Portugueses: o PS está no poder à muitos muitos anos, teve o apoio em três PECs, acham que ainda precisamos de lhes dar mais tempo? Tanto tempo...sem resultados, eu chamo-lhe: falta de competência, desinteresse real no país), voltar a conseguir uma pontuação razoável nos votos? É possível que um homem que errou e foi apanhado a errar ganhar novamente a confiança? É possível que o homem que mais arruinou este país ainda mereça a vossa confiança? Alguém que tem contrariedades com dias de diferença, alguém que silenciou jornalistas, alguém que para além de cometer erros graves ainda consegue não ter a inteligência para não ser apanhado deixando tudo à vista? Um governo, com este Sócrates, onde as foram pessoas impossibilitadas de votar por erros com o cartão do cidadão; um orçamento de estado que pela primeira vez na História deste país chega tarde e incompleto...A tudo isto, para quem não é cego, independentemente do nosso partido político, penso ser correcto chamar: falta de competência, desinteresse real no país. Caros portugueses...foram dadas várias oportunidades a este governo e a este homem...(para não mencionar anos de poderio esquerdista...), querem enterrar mais este país? Mais recentemente foram-se dados cartões amarelos uns a seguir aos outros a este governo...(que já acumulados davam dois vermelhos), não será altura de dar um vermelho directo? O desemprego sobe...todos os dias. As pessoas que mais têm voto útil (por serem a maioria) vêem todos os dias os seus subsidios serem cortados, diminuidos...os preços aumentados...porque gostam tanto de sofrer? Porque aceitam este fado, esta melodia triste? Acordem portugueses...Junho é a curto prazo a maior decisão de sempre...podem dar um rumo novo a Portugal, da mesma forma que o podem continuar a enterrar.

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