domingo, 14 de novembro de 2010

A noite da minha amada (56)

Há muito tempo que não te ia sentir à noite. E estavas bela, como sempre, devo acrescentar. Minha Lisboa. O teu passeio despido, os que te são fiéis, mesmo em dias de alguma chuva. És perfeita de todas as maneiras. Apesar de estar nos teus braços não consegui pensar só em ti. És única sim, intensa, de sensações plurais, mas não és a única para mim. E em ti senti-te, mas não te senti só a ti...A maioria de copo na mão, a maioria a conversar, grupos, casais, grupos de casais, ninguém anda sozinho, somente aqueles que vendem rosas...e ontem também chapéus de chuva. O Raul tornou-se autónomo sentimentalmente. Está no bom caminho. Evolui. Está no bom caminho. O Varela, anda quase afogado em trabalho, mas é valente, e o sentido de humor e descontracção, (sem qualquer irresponsabilidade), prevalecem. Já está a desejar um Natal igual aos outros, passados em Coimbra. Come bem, tem a sua lareira, o seu portátil, a sua família. A Internet faz o resto: namorada e amigos. Tem sorte. Ambos tivemos de demonstrar ao Raul o quão fantástica Coimbra é...Mas ele nunca trocaria o Natal em Lisboa por outra cidade qualquer; é muito parecido comigo. Já eu?
Não bebi muito. Uma sangria...e foi demais talvez. O meu estômago anda fraco, não devo espicaça-lo mais. Frágil.
No entanto foi uma noite fantástica. Deu para tudo um pouco como sempre. Talvez tenha faltado gente. Mas quem sou eu para julgar esse facto?
Quando o mundo caminha todo, ou a maioria, na mesma direcção, é saudável caminhar contra a maré...Viva ao sentimento, viva ao momento, viva à vida.

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