segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Sou o centro acolhedor e quente da terra..." Tyler Durden

Queria ser, mas não sou.
Epic fail, é uma expressão utilizada num jogo que já jogo há alguns anos. Possivelmente é o jogo mais jogado no planeta, mas isso agora não interessa. Todos nós temos os nossos escapes, digamos que esse é um dos meus. No entanto é essa a expressão que sinto agora na minha vida. A tradução à letra seria "falha épica", neste caso concreto o que sinto é a enorme falha que sou e que cometi. Como escrevem os London After Midgnight: we pay a price for all our choices made...e é verdade. Existem passos, ou movimentos se preferirem, na nossa vida, que podem ser recuados, corrigidos, alterados. Gosto de pensar dessa forma. No entanto, infelizmente, outros não. E é verdade desgostosa. Existem coisas que fizemos, dissemos, ou não fizemos ou não dissemos, que simplesmente já não têm cura, remédio.
O meu preço a pagar é elevado. E mesmo que não seja tudo culpa minha, o preço que pago, mesmo que dividido de alguma forma, é muito elevado. É pesado. Faz-se pesar. Sim, a minha vida continua, mas continua com esse peso. Dizem que é tudo uma questão de tempo, e contra a minha vontade noutras alturas, a realidade é que vos dei razão. No entanto, também tenho de vos dar razão noutra coisa: existem sempre excepções. E apesar de já contar com vinte e três Outonos, já tenho alguma bagagem, e o que sinto desta vez é diferente de todas as outras. E é uma única excepção que me vai pesando, que me vai travando e destravando. É muito pensamento, é muito sentimento. Isso tudo. Cause I don't want to let go, let go, let go too soon, como diz a Sara Bareilles. Talvez seja isto, não sei.
Sei que não sou o centro quente da terra. Já o senti. Já espalhei esse calor. Agora vivo, vivendo apenas, da forma que consigo.
São fotografias que não consigo apagar, são histórias que não consigo apagar. E é um conjunto de toques. Não existem palavras...é um algo que existe e que vive apenas em duas pessoas, ou que já viveu. E eu sou uma delas. E agora?

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